quarta-feira, 11 de março de 2009

Meditação


5 técnicas de Meditação (que cabem na sua rotina)

Ao longo dos séculos, monges, padres, lamas e santos adotaram a meditação como caminho para encontrar Deus. Hoje, cada dia mais gente descobre nessa prática a chave para enfrentar o cotidiano com mais equilíbrio e vitalidade. Aqui, você conhece a origem das técnicas e descobre como começar agora mesmo!. Se a água barrenta ficar quieta por muito tempo, o barro se depositará no fundo e a água se tornará clara.
Na meditação, quando o barro de seus pensamentos inquietos começa a depositar-se, o poder de Deus começa a refletir-se nas águas claras de sua consciência." Essas palavras do mestre indiano Paramahansa Yogananda (1893-1952) contam a sensação de quem pára alguns minutos para meditar.
Antes restrita aos religiosos, essa prática tem sido adotada por pessoas de todas as idades e estilos de vida, que buscam ter mais vigor e clareza e, além disso, encontram um caminho para a sensibilidade e a espiritualidade. A meditação pode ser feita em qualquer hora e lugar. Basicamente, ela faz com que a mente e o corpo fiquem em sintonia, conectados ao tempo presente. Essa integração aumenta a serenidade e reduz os níveis de estresse e desgastes emocionais desnecessários. "Meditar é cultivar estados da mente que levam à paz e ao bem-estar", diz a monja Kelsang Pälsang, diretora dos mosteiros budistas da tradição kadampa no Brasil. E não é preciso se ligar a uma religião para desfrutar de todos os benefícios da meditação. Há escolas de diversas linhas espalhadas pelo país abertas para iniciantes. Hinduísmo Essa tradição, que remonta a mais de 4 mil anos antes de Cristo, abriga tantas possibilidades de meditação quantos foram os mestres espirituais na Índia. No Brasil, uma opção para a prática é a Self-Realization Fellowship, que tem como objetivo "disseminar técnicas para atingir a experiência pessoal e direta de Deus e ensinar que o propósito da vida é a evolução, além de libertar o homem de seu tríplice sofrimento: a doença física, as desarmonias mentais e a ignorância espiritual", como define seu fundador, o iogue Paramahansa Yogananda.
Jeane Capilli Pen, coordenadora da entidade em São Paulo, informa: "A Self tem diversos horários de meditações gratuitas, e o praticante inicialmente segue as instruções de um orientador".
Outra opção é a Organização Brahma Kumaris, que trabalha com o desenvolvimento de valores espirituais em 86 países e tem cursos gratuitos de meditação raja ioga. "A raja ioga é a arte de viver em equilíbrio, ser feliz e pacífico", explica Luciana Ferraz, coordenadora nacional da entidade.

Meditação hinduísta:
1. Sente-se em uma cadeira, com a coluna alinhada e pés bem apoiados no solo. Se preferir sentar no chão, fique com as pernas cruzadas, em posição de lótus.
2. Deixe a respiração bem tranqüila, os olhos abertos e pense: "Eu focalizo a atenção no que está acontecendo em meu mundo interior".
3. Perceba que muitos pensamentos passam pela mente e que você tem o poder de escolher os melhores e dispensar os ruins. Pense: "Eu escolho o pensamento de paz".
4. Visualize um ponto de luz no centro da testa, entre as sobrancelhas. Pense: "Sinto que sou um ser de luz e paz".
5.Preste atenção em como sua mente está calma e saboreie esse momento. Pense: "Deus também é um ponto de luz. Sinto a paz e o amor Dele chegando a mim.
Absorvo essa paz e irradio-a para o mundo".
6. Fique alguns momentos apreciando a experiência e volte lentamente sua atenção para o que está a sua volta.

Onde praticar:
Self-Realization Fellowship R. Carlos Carvalho, 164, São Paulo. email: srfsp@uol.com.br. Organização Brahma Kumaris R. Germaine Buchard, 589, tel. (11) 3864-3694, São Paulo.

Budismo: A partir da segunda metade do século 20, o budismo tornou-se a tradição oriental que mais cresceu nas Américas e na Europa. As escolas seguem os ensinamentos de Buda, que abandonou uma vida de riqueza para buscar a iluminação, há 2,5 mil anos.
No Brasil, existem várias linhagens budistas com diferentes tipos de meditação. O Centro Dharma da Paz, fundado em São Paulo em 1988 pelo lama Gangchen Rimpoche, mestre do budismo tibetano, está hoje sob a orientação espiritual de seu discípulo lama Michel, brasileiro reconhecido como a reencarnação de um mestre do Tibete. Lá é feita a meditação tântrica, "cuja essência é a identificação do praticante com seu potencial de iluminação, seu Buda interno, em todas as atividades da vida", diz Daniel Calmanowitz, diretor do centro. Ele explica: "As pessoas ainda não são seres iluminados, mas se identificam como tal quando se visualizam como a própria divindade. E os benefícios são deixar de lado a autocobrança e aumentar a auto-aceitação". Há dez anos, chegou ao Brasil uma linha do budismo mahayana (que quer dizer "caminho da ajuda mútua"), da tradição kadampa. Fundada por Geshe Kelsang Gyatso, está presente em capitais e cidades do interior de São Paulo. A monja Kelsang Pälsang, diretora nacional dos centros, conta: "Os kadampas contemporâneos fazem uma meditação adaptada para pessoas modernas, que têm pouco tempo e muita pressa em aprender".

Meditação budista tibetana
1. Comece pensando: "Assim como eu quero ser feliz e evitar o sofrimento, os outros seres também querem a felicidade".
2. Lembre-se dos seres vivos a seu redor - família, amigos, animais. Todos querem ser felizes.
3. Surgirá uma forte sensação de que todos são iguais, querem a mesma coisa e são irmãos.
4. Quando essa sensação surgir, procure concentrar-se nela sem distrações. Quanto mais familiarizar a mente com essa idéia, mais calma e tranqüila ela se tornará.

Onde praticar Centro Dharma da Paz R. Aimberê, 2008, tel. (11) 3871-4827, São Paulo.
Centro Kadampa MahabodhiR. Mario Guastini, 192, tel. (11) 3812-7509, São Paulo.

Zen-budismo: O zen-budismo pertence à escola soto zen do budismo japonês, fundada no século 13. Chegou ao Brasil em 1956, trazida pelas comunidades japonesas, e hoje tem templos e mosteiros em vários Estados. A essência do zen é o estado de meditação em busca da não-dualidade. "Temos que ultrapassar os limites da mente, que considera o gosto/não gosto, amo/odeio, apego/aversão. Assim, chegamos ao ponto em que, unidos, vemos que somos a vida do Universo", ensina a monja Cohen, fundadora da Comunidade Zen-Budista, em São Paulo. Além da compaixão, outra meta no zen é a iluminação.
A mestra Shundo Rôshi ilustra a idéia no livro Para uma Pessoa Bonita (ed. Palas Athena). Ela conta que leu numa placa: "Faz barulho porque não está completo". Deliciada com o humor, pensou: "Faz sentido. Uma cabaça cheia até a boca não tem som se é sacudida, mas, se houver saquê no fundo, fará barulho. Os seres humanos são como as cabaças: a pessoa sábia é tranqüila em qualquer circunstância, como se nada a perturbasse".
Mas a calma do zen também é alerta. A mente desperta é um exercício de atenção aos pensamentos e à respiração. E o caminho é: persistência e paciência. Há dois anos, a monja Cohen começou nos parques de São Paulo a "meditação andando". "Fomos mostrar que existe um comportamento voltado para a paz. Em vez de gritar com alguém, bater a porta, por exemplo, você pode caminhar quando está nervoso. Ficar em silêncio, entrar em contato consigo mesmo e achar uma solução de transformação verdadeira."

Meditação zen-budista
1. Em um local agradável, alinhe a coluna, firme os pés no chão e afaste ligeiramente as pernas, sem travar os joelhos.
2. Respire esvaziando bem o pulmão, soltando todo o ar pela boca várias vezes.
3. Depois, lentamente, caminhe com passos miúdos. Inspire e dê mais um passo (do tamanho da metade de seu pé). Expire e avance da mesma forma.
4. Sinta o chão sob os pés, a brisa no rosto, as áreas de luz e de sombra a seu redor.
5. Perceba que às vezes você pensa ou não pensa. Se se distrair, volte a prestar atenção.
6. Sinta que sua mente está em paz e, lentamente, volte a caminhar normalmente.

Onde praticar: Comunidade Zen-Budista R. Arruda Alvim, 127B, tel. (11) 3062-8964, São Paulo.

Sua saúde agradece
Médicos têm indicado com freqüência a prática de diferentes técnicas de meditação para ajudar no tratamento e na prevenção de doenças do coração, câncer e distúrbios do sono. As práticas levam ao controle da respiração, que, por sua vez, diminui a pressão sangüínea, aumenta a circulação e desintoxica o organismo. O cardiologista José Antônio Curiati, doutor pela Universidade de São Paulo (USP), fez um estudo com idosos cardíacos, na faixa etária de 76 anos. Eram 39 pacientes, divididos em dois grupos. Um praticava meditação durante meia hora, duas vezes ao dia. O outro grupo não.
Conclusão do doutor Curiati: "Os que praticaram tiveram melhora na liberação dos hormônios que aliviam o estresse, na eficiência respiratória e na qualidade de vida em geral". O Instituto do Sono de São Paulo atende 50 pacientes ao mês com queixa de insônia. A meditação é usada em 30% desses casos. "Já nas primeiras três semanas de prática, os efeitos positivos são registrados", afirma o neurologista Ademir Baptista da Silva, chefe do setor de distúrbio do sono do Hospital São Paulo, que trabalha há 15 anos com casos de insônia. A psicóloga da entidade, Eliane Aversa Lopes, que ensina a prática aos pacientes, diz: "A ansiedade é o que dificulta iniciar o sono. Então indicamos a meditação para baixá-la. Isso aumenta a chance de que o sono venha e seja reparador".

Meditação para dormir bem
1. Sente-se em um ambiente tranqüilo, com as luzes apagadas. Deite, feche os olhos e preste atenção em seu corpo.
2. Perceba cada ponto de tensão. Comece por cabeça, pescoço, ombros e vá descendo e relaxando ponto a ponto.
3. Observe o ritmo da respiração e vá fazendo com que ela aconteça na altura do abdômen e não no tórax. Isso melhora a oxigenação e libera emoções contidas. Relaxe, até dormir. Recomendações:Vá para o quarto apenas quando já estiver com sono. Faça esse exercício todas as noites, durante 15 minutos.

Instituto do Sono: r. Napoleão de Barros, 925, tel. (11) 5576-4139, São Paulo. Cristianismo Pouca gente sabe, mas há várias meditações cristãs.

Fernando Altmayer, professor do departamento de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, conta: "A meditação cristã nasceu do mundo judaico, após uma releitura do movimento místico que veio de Moisés e Abraão. Depois, os padres do deserto, cerca de 300 anos após a vinda de Jesus Cristo, começaram a meditar sistematicamente." Desde a tradição dos desertos da Síria e do Egito nos séculos 3 e 4, místicos como são Francisco de Assis (séculos 12 e 13), passando por santa Teresa D'Ávila e são João da Cruz (século 16) e chegando a Teilhard Chardin e Tomás Merton (século 20), exercitaram técnicas para meditar. O teólogo carioca Frei Betto lembra: "De modo geral, existem três linhas. Os beneditinos, que combinam oração com trabalho (ora et labora), os franciscanos e os dominicanos, cuja espiritualidade é baseada na identificação com os pobres, e uma terceira linha, a dos jesuítas, que centram a meditação nos episódios da vida de Jesus". Em qualquer meditação, o que vale é persistir.

Meditação cristã:
1. Procure um lugar silencioso.
2. Faça uma leitura de um fato importante em sua vida do dia, do mês, do ano. Nesse balanço, procure se lembrar das pessoas e das crises.
3. Escolha e leia um trecho da Bíblia a cada dia.
4. Concentre-se em uma palavra ou frase, compreendendo o sentimento e o sentido profundo de cada mensagem.
5. A seguir, fique em frente a uma imagem bonita (paisagem ao ar livre ou diante de uma bela foto) para de novo prestar atenção no silêncio. Informações Cúria Metropolitana de São Paulo Av. Higienópolis, 890, tel. (11) 3826-0133, São Paulo.

Texto: Marisa Marega

Revista Bons Fluídos - Março 2009 Edição 120
texto na íntegra

Links:
http://bonsfluidos.abril.com.br/sumario.shtml?edicao=120
http://nalanda.org.br/programacao/recife
http://www.meditacaotranscendental.com.br/onde.html

quarta-feira, 4 de março de 2009

Chacras


Em sânscrito, Chakra significa "Roda". Para Genevieve Paulson “os chacras são vórtices através dos quais circula a energia tanto dentro como fora do corpo”. Ou seja, são pontos chave de entrada e saída de energia. Geralmente ouvimos falar de sete chacras, mas estes são apenas os principais pois existem vários em nosso corpo. Segundo alguns textos sobre o assunto os ponto usado na acupuntura ou na acupressão, são um pequeno chacra. Segundo as escolas orientais são mais de 88.000 e encontram-se interligados através dos vários canais de energia chamados nádis. Entre estes canais ou nádis, temos Sushuma, Ida e Pingala (três dos mais importantes) e os chamados meridianos. Esses vórtices de energia, ou chacras, enviam energia para os meridianos que por sua vez a direcionam às glândulas e orgãos do corpo. Essa estrutura energética situa-se no corpo etérico e não no físico (denso). O corpo etérico é uma réplica energética do corpo físico.


O primeiro chacra é o básico, ou muladhara em sânscrito, situa-se na zona do cóccix, entre os orgãos sexuais e o ânus. A cor correspondente é o vermelho-alaranjado brilhante, o elemento é a terra, está ligado às glândulas supra-renais e à assimilação do olfacto, e é representado por uma flor de 4 pétalas.

O segundo é o chacra sexual, ou swadisthana em sânscrito, situado acima da 1ª lombar, abaixo do umbigo. A cor correspondente é o vermelho, o elemento é água, está ligado aos ovários ou testículos e ao paladar, é representado por uma flor de 6 pétalas.

O terceiro chacra é o plexo solar, ou nabhi, situado acima da 7ª torácica. A cor correspondente é o amarelo, está ligado ao pâncreas e à manifestação, e é representado por uma flor de 24 pétalas.No entanto, muitos autores consideram o terceiro chacra (ou segundo quando não consideram o chacra sexual) como um outro mais abaixo, o chacra umbilical, ou manipura, localizado na zona do umbigo. Representado por uma flor de 10 pétalas, pela cor laranja, elemento fogo, ligado ao baço, à visão e às emoções.

O quarto chacra é o cardíaco, ou anahata, localizado no centro do peito, acima da 5ª torácica, representado pela cor verde e por uma flor de 12 pétalas. O seu elemento é o ar e está ligado ao toque e tacto, ao timo e à empatia.

O quinto chacra é o da garganta, ou vishuddha, localizado acima da 3ª cervical, no centro da garganta. A cor correspondente é o azul prateado, o elemento é o eter, está ligado ao som, à tiróide e à comunicação duma forma geral. É representado por uma flor de 16 pétalas.

O sexto chacra é o do 3º olho ou da terceira visão, o ajna, localizado acima da 2ª cervical, entre as sobrancelhas, representado pelo azul escuro. O elemento é a mente e está ligado à cognição, à glândula pituitária e às capacidades extra-sensoriais. É representado por uma flor de 96 pétalas.

O sétimo chacra é o chacra da coroa ou coronário, o sahasrara, localizado no alto da cabeça. As cores correspondentes são o branco (central) e o dourado (externo) e é representado por uma flor de 12 pétalas centrais e 960 externas. O seu elemento é o espírito e está ligado à fala, à glândula pineal e ao mundo espiritual. Existe ainda um outro chacra a que se dá muita importância, o chacra do 5º olho, localizado no centro da testa, também ligado à glândula pituitária. Este chacra é representado por uma flor de 16 pétalas, pelas cores do arco íris, brilhantes, e está directamente ligado ao acesso aos registos akáshicos. Cada chacra tem também associado um som-raíz (bija-mantra) e um mantra (palavra, frase ou outro conjunto de sílabas com uma certa carga energética, por assim dizer).


Links para o assunto:



domingo, 1 de março de 2009

Tarô: Terapia ou Futurologia?




O Estudo do Tarô
Cristine Studart



Muitas pessoas acreditam que, ao se fazer uma consulta de Tarô, estamos tendo uma visão do que acontecerá no nosso futuro, ou seja, apenas uma adivinhação.

Mas o Tarô não é apenas isso, ele vai muito além do que apenas um mero objeto de adivinhação, ele é um dos grandes elementos para o estudo da personalidade humana utilizando-se como base seus arquétipos*. O tarô descreve cada consulente, seu momento de vida e o melhor caminho a se guiar nesse momento, sem falar que, com base nesses arquétipos e na numerologia. cada consulente descobre um pouco de si e, se conhecendo melhor, é capaz de agir melhor perante os obstáculos que a vida lhes impõe e, dessa fora, saberá agir de acordo com cada momento que está vivendo, ou seja terá uma "visão" de futuro que tanto deseja.

É bom que se diga que o tarô foi objeto de estudo de grandes cientístas do conhecimento humano no passado sendo um dos mais estudiosos Carl Gustav Jung.
*arquétipo é palavra de origem grega, primeiramente usada por Platão, a significar "padrões arcaicos" (arqui = antigo, arcaico + typos = padrão, matriz), e Jung se valeu do termo para denominar certos padrões registrados no comportamento da humanidade, que vêm sendo manifestos ao longo de sua história pelas mais diversas culturas. Embora semelhantes entre si, expressam-se pela variedade dos mitos, religiões, lendas ou folclore; e através de padrões também identificáveis em nosso mundo onírico, quer no cerne de nossos sonhos, quer sob a forma das fantasias.

Links para esse assunto:


Livros sobre o tema:

Tarô, Carma e Numerologia: Nei Naiff
Tarô Zen do Osho
Jung e o Taro: Uma Jornada Arquetipica. Sallie Nichols